Tem
vezes que as pessoas nos veem na rua, acho interessante essa sensação. Quando é
criança, nos cumprimentam do nada, dizem olá, às vezes sorriem. Hoje um me viu
no ônibus. Sentava no primeiro banco junto à sua mãe e comia um lanche. Olhou e
me seguiu com um olhar atento. Durante o percurso, permaneceu sentado. Quando
eu ia descer, passou a catraca e caminhou pelo corredor em minha direção,
quando chegou mais perto, percebi que estava sem camisa, chinelinhos de dedo e pés
avermelhados de terra. Ao me alcançar próximo à porta de saída, sentou no banco
ao meu lado, virou sua carona rosada para mim, deu mais uma boa olhada, abriu
um sorriso enorme e disse bem alto: Feliz dia dos pais.
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